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CERCA DE 150 PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO FAZEM MANIFESTAÇÃO EM FRENTE À CÂMARA

Vestidos de preto, segurando um cartaz com os dizeres “sou professor, não estou feliz. Não peço demissão, peço respeito” e falando as palavras de ordem “senhor prefeito, paga para nós o que é nosso de direito”, cerca de 150 profissionais de educação fizeram uma manifestação em frente à Câmara Municipal nesta segunda-feira (29) em repúdio às declarações do prefeito sobre o direito aos recebimentos dos recursos do Fundeb e horas extras.
Os manifestantes fizeram um ofício solicitando o direito a fala na tribuna da casa e a professora Patrícia Carla de Souza representou os profissionais. Ela salientou as dificuldades enfrentadas pelos professores na pandemia, que, muitas vezes, usavam equipamentos próprios, como celulares, computadores, internet e EPIs para trabalharem.
“Sofremos pressão e julgamentos de vários setores da prefeitura e da população, a pressão da sociedade era grande, porém os preparativos para o retorno presencial seguro, não aconteciam e mesmo sem termos participado desta decisão fomos obrigados mediante o decreto 8.425/2021 a voltar presencialmente. Quando nos manifestamos de forma coerente e sensata, fomos criticados pelo ex-secretário de educação aqui mesmo nesta casa, dirigiu palavras grosseiras. Não fomos ouvidos nem vistos, mas fomos julgados”.
Patrícia falou ainda sobre a falta de condições de trabalho “O mesmo decreto que estipulou a volta presencial nos obrigou a utilizar equipamentos próprios. Fomos obrigados a gerir os meios técnicos para a execução do nosso trabalho. Vale lembrar que as escolas não tinham material para usar no mesmo turno. Ficou evidente a falta de organização e equipamentos para a nossa volta”.
Disse que tentaram o diálogo sem sucesso com o executivo. “A valorização financeira que requeremos é uma devolução justa diante dos nossos gastos aqui discorridos o estorno desta transferência da responsabilidade. Para esclarecer o rateio dessa possível sobra de verba, que insisto em dizer específica para o pagamento dos profissionais da educação é totalmente legal. A lei complementar 173, que o referido prefeito citou em uma rádio local como empecilho legal, não o é. A lei Federal do Fundeb é hierarquicamente superior e essa Lei complementar não é afetada por ela”, explicou.
E continuou: “outro ponto importante é a respeito da hora extra, que nada mais é do que uma necessidade da prefeitura de pagar ao professor por pagar além da sua carga horária. Hora extra devida, deve ser paga. Não abrimos mão do que nos é legalmente devido”.
Para finalizar, fez um apelo: “Não há nada mais lúcido e inteligente do que reconhecer o valor do professor. Quanto a pedirmos conta, ficamos estarrecidos, que o servidor público mais bem pago do município e jovem tenha um discurso tão patronal e autoritário. Como educadores que somos não aceitamos esse tipo de discurso e dizemos em alto e bom som: sou professor com muito orgulho”, disse.
A declaração do prefeito Christian Gonçalves (DEM) em um programa de rádio de Itajubá tem causado polêmica na cidade. Questionado sobre a devolução da sobra do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para os professores, o chefe do executivo afirmou que:
“ aquela pessoa que está dentro da educação e não está feliz, isso serve para todo o lugar dentro da prefeitura, se não tá feliz, não tá satisfeito não fica lá não gente isso faz mal pra você pede conta e arruma outro lugar pra você trabalhar onde você estará feliz”, disse.
Em vídeo publicado nas redes oficiais da prefeitura, Christian disse que sua fala foi tirada de contexto.
Após a fala, os vereadores e presentes aplaudiram a professora de pé.

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